terça-feira, maio 24, 2011

A música e a religião. Ou a falta dela.

Olá, meu nome é Arthur, e essa é a minha primeira postagem no blog. Então perdoem as falhas do iniciante, hahaha


A música sempre foi um grande espelho da humanidade. A batida do som, as melodias, canções sempre foram inerentes a qualquer sociedade. A música é, provavelmente, a primeira 'arte' a ser criada, bem antes da existência do conceito de arte.

A música nasceu com a humanidade.
Não é difícil interligar a música com a religião. A música, por ser uma arte, é capaz de transmitir emoções e até idéias e a religião por sua vez, fundamentada na fé, tem a necessidade desse apelo emocional, desse vínculo de empatia com o receptor. É muito comum o uso da música pela religião, desde o Cristianismo até culturas indígenas.

Porém, no último século, o mundo vivenciou abruptas transformações, de caráter social e político. Novos paradgimas, novos conceitos, novos pontos de vistas e novos rebeldes e conservadores.

Eis que surge o Rock and Roll. Um estilo bem transgressor para época, canções rápidas, rasteiras, quentes e que convidam à dança. Por ter nascido em um momento bem conservador, tal movimento foi considerado diabólico: Como um homem poderia usar aquele cabelo, aquelas roupas e aqueles rebolados!?
Este homem era Elvis Presley.

Não digo que o Rock tenha sido o primeiro estilo de música a ser associado com o paganismo, ateísmo e até mesmo ao satanismo, mas com certeza foi o mais influente. Os rebeldes do rock, então, abraçam essa causa e assumem tais valores. Mais tarde, bandas como os Rolling Stones, AC/DC e Led Zeppelin falam abertamente sobre Deus, o Diabo e a (in)existência de ambos. Bandas como o Black Sabbath e o Iron Maiden chegam a admitir o título de satanistas, com canções temáticas que associavam as bandas com o 'demônio'. É importante lembrar que quase nenhum dos integrantes de tais bandas eram de fato satanistas, muitos eram religiosos, até mesmo cristãos. O que importava era agredir os valores conservadores.

O rock jamais excluiu as religiões, muitas bandas atuais, cristãs em sua maior parte, usam deste estilo para criar composições para atingir principalmente os jovens. Mas a característica principal desse movimento musical já estava marcada: a rebeldia.

Pode-se dizer que na segunda metade do século passado o Rock foi um grito de jovens, das mais diferentes opiniões, classes sociais, cores e nacionalidades. Um grito de liberdade, da verdade, por um novo caminho. E o ateísmo se encaixa em cada palavra desse grito.

Eu vou postar a música Heresy, da banda Nine Inch Nails, que sintetiza tudo isso.




Em melhor resolução: http://letras.terra.com.br/nine-inch-nails/28453/traducao.html

2 comentários:

soh um adendo... Elvis nada mais era que uma cópia do som que os negros ja faziam (um blues acelerado)... porém... como ele era branco, sentiu-se a necessidade de dar um novo nome para o estilo. Assim nasceu o rock n' roll... elvis ficou marcado como o pai... não da pra negar tb sua importância na divulgação do estilo.

A idéia é essa mesmo, Ronan. Eu só fiquei nos mais importantes, se fosse para deixar bem resumido, iria levar posts e posts para finalizar meu raciocínio.

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